24 de out. de 2012
Reality
Sinto a dor pelas dores que nunca senti,
que nunca sentirei.
Sinto no pêlo o arrepio sufocado
que me esfola a pele.
Sinto o formar de um soluço abafado
Ducto estancado, lágrima, não seque.
Sinto pelas emoções que nunca senti,
que nunca sentirei:
Como será fugir, parir, não dar e receber?
Como que é amar, voar, ejacular, sentir prazer?
Fumar, foder, tocar e correr, morrer?
Vim, vi e venci. Fiz e repeti. Falhei.
Cabe a mim sentir os sentimentos do mundo.
Me chore, sou o muro da lamentação.
Comemore, se apegue. Eu sinto, se esfregue.
Espere, me transformo. Eu sou o que vejo. Prevejo.
Nunca saberei ir por onde nunca trilhei
que frustração é assistir o que nunca serei.
Calafrios de medo pelo o que não enfrentarei.
Não serei rei. Não serei eu. Não será meu.
Não.
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