Ela tem um demônio no corpo e ele está crescendo. Ela não se controla e estremece. Um calafrio gelado sobe sua espinha. Cenho franzido, narinas infladas: ela se libertou. Começou o espetáculo.
Discursos eloquentes fantasiosos, vidas secas e arruinadas. É um drama digno de prêmio. Promessas de partidas, partidas sem volta. Passagens nunca compradas. Ela se vai, ela está indo, ela está... no fundo do poço de si mesma. Ela é ele, o demônio e ele é tão convincente.
Repertório furado, de esforço não recompensado, Cristo pendurados, mãos dela furadas. Ela é o messias. Religião nunca fundada, islamismo ao contrário. É heresia as suas palavras, se cabelo tem que ser lavado. Apedrejada ela está. E ela se taca pedras.
É dúbio ser seu próprio algoz, a mão que lamuria é a que chicoteia. Bate na boca que suplica silêncio. A vida, esse momento nunca foi tão verdadeiro. É mentira seus fantasmas. Ela morre. Causas mortis, sua homicida é o defunto. Eis o triunfo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário