"Veja o sol, nesta manhã tão cinza ....
A tempestade que chega é da cor dos teus olhos: CASTANHOOOOOOS"
Manhã, neblina densa.
Tudo se escondia, até os próprios pensamentos.
Acordo no mais alto topo de todas as montanhas, em minha volta há cachorros, um pingado com pão na chapa, crianças e um caixão. A coroa de flores veio como brinde, de uma vida que se foi de graça. Um agente e duas enfermeiras. Nenhum parente.
Chegam perto três traficantes. Rádios, armas e raios. Eles se posicionam em frente a Kombi que a família que o falecido não tem alugou com muito custo. "ENVIO DA ALEGRIA" estava escrito na traseira do veiculo que provavelmente não é usado frequentemente pra esse tipo de passeio. Um passeio sem volta.
A neblina cai. Dos céus, diretamente enfeitar o caixão madeira-pinho-sem-graça do morto.
A morte consegue ser tão sem graça. Tão.. morta.
Alto de uma colina. Mortes são fabricadas lá o tempo todo, quase toda hora.
Um dos traficantes se aproxima do motorista e lhe diz: - ESSE AÍ, O VELÓRIO É POR NOSSA CONTA.
A história desse indigente começa a ficar mais interessante ...
"MORRER É RIDÍCULO."
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