A memória do brasileiro é tão curta quando o sentimento ufano repentino nos jogos de futebol. O Desgosto, a intolorância, o chauvinismo são tão fugaz que são quase imperceptiveis no tear da história.
Não surprende um escandalo como dessa quinta-feira (01/09) ser tão rapidamente abafado com a vitória do Rio de Janeiro pra sediar as Olimpiadas de 2016. Realmente acredito que seja digno de tanta festa, não só pela enorme representatividade que iremos ganhar, mas também os milhares de empregos e a infra-estrutura que iremos herdar desses jogos.
O que me espanta é como ora podemos estar tão pasmos como uma prova de cunho nacional ser tão facilmente sabotada e depois estarmos abraçando aqueles que frustraram 4 MILHÕES de estudantes. O que ME frustra são esses estudantes abraçando seus frustradores.
Realmente não acreditava que essa prova iria dar certo. Desculpa a incredibilidade dada ao nosso excelentíssimo governo. Mas no Brasil não somos tendenciosos a perfeição, fato. Mas daí, uma prova ser tão facilmente vazada a 2 dias da data a ser realizada? Isso é demais até pro Haddad.
Esse projeto de inclusão dos menos capacitados em universidade pública é puro assistencialismo pra burro vê. Tampar o sol com a peneira só causa queimadura torta. Quando o Brasil vai aprender a resolver os problemas com dignidade? Sem medidas claramente falhas. Alguém realmente achou que esse novo ENEM iria dar cabo as disparidades educacionais? E depois criticam o sistema de cotas... Corruptível falando do mal elaborado!
É lamentavel a memória dessa gente. É lamentavel como se contentam sem explicação. Lamentável é como podemos nos orgulhar tanto de nossas breves obras farônicas sustentadas por uma massa de população ignorante que não tem nem o segundo grau completo! Orgulha-se tanto disso. Esperar veemente por 2016. Sem pensar nos nossos universitários de 2010, futuros profissonais de 2000 em diante.
2 de out. de 2009
7 de set. de 2009
Epifanias
Creio que Best sellers tem razões por o ser. Todas as conspirações estúpidas de pessoas ditas ult demais para ler o que o povão lê não me contaminam. Deixo que uma boa capa me convença.
Dizem que a formula do sucesso para um livro é uma solução de hidróxido de oxigênio com bastante açucar, frases curtas e periódos de fácil entendimento. Eu acredito que seja mais do que isso. É preciso criar a tensão por trás da trama. É preciso dar aos leitores o que eles nunca terão, e mais: faze-los acreditar que terão.
Não consigo pensar que isso seria cruel, lembrando que as pessoas lêem o que querem, porquê querem. Mas como um ser racional, tanto eu, quanto você, pode se sentir realmente a par com a história? Vampiros, lobisomens, uma cidade que só chove. Há epifania nisso? Verossimilhança me parece que não.
Pessoas do século XXI já deixaram de lado a fase do ultraromantismo. Estamos modernistas demais. Antropofagiamos tudo que diz respeito a idealização do amor. Mas mesmo assim, o best seller do ano fala em amor eterno. Oswald de Andrade se retorceria neste momento.
Me parece que aquela semana da Arte de 22 não serviu de nada. Aliás. Nem a mim servira. Destruimos até a última gota a necessidade de termos principes e princesas, nem pensamos mais em uma saga em busca da alma gêmea e fazemos sim, sexo sem amor. Mas me parece que por isso mesmo que paralizamos ao ver Bella e Edward - nota-se o estrangerismo invadido de novo, mas diferente daquela Bella Epoque - seu amor puro é de causar nauseas.
E é por isso mesmo que me pergunto... Estariamos nós enganando a nossa gana em procurar o verdadeiro amor? Ainda acreditamos em um amor sublime. Por mais que queiramos entregar esses somentes em páginas de livros, como se fosse impessoal e indiferente, agora que são só escritos e nada interverem no nosso dia-a-dia. Continuamos ser independentes, botamos nossos carros sozinhas nas ruas e gritamos mais alto na bolsa de valores. Somos fortes.
Ao vacilar, eu penso. Amor seria mesmo um sinal de fraqueza?
Romeu e Julieta morreram em vão?
Dizem que a formula do sucesso para um livro é uma solução de hidróxido de oxigênio com bastante açucar, frases curtas e periódos de fácil entendimento. Eu acredito que seja mais do que isso. É preciso criar a tensão por trás da trama. É preciso dar aos leitores o que eles nunca terão, e mais: faze-los acreditar que terão.
Não consigo pensar que isso seria cruel, lembrando que as pessoas lêem o que querem, porquê querem. Mas como um ser racional, tanto eu, quanto você, pode se sentir realmente a par com a história? Vampiros, lobisomens, uma cidade que só chove. Há epifania nisso? Verossimilhança me parece que não.
Pessoas do século XXI já deixaram de lado a fase do ultraromantismo. Estamos modernistas demais. Antropofagiamos tudo que diz respeito a idealização do amor. Mas mesmo assim, o best seller do ano fala em amor eterno. Oswald de Andrade se retorceria neste momento.
Me parece que aquela semana da Arte de 22 não serviu de nada. Aliás. Nem a mim servira. Destruimos até a última gota a necessidade de termos principes e princesas, nem pensamos mais em uma saga em busca da alma gêmea e fazemos sim, sexo sem amor. Mas me parece que por isso mesmo que paralizamos ao ver Bella e Edward - nota-se o estrangerismo invadido de novo, mas diferente daquela Bella Epoque - seu amor puro é de causar nauseas.
E é por isso mesmo que me pergunto... Estariamos nós enganando a nossa gana em procurar o verdadeiro amor? Ainda acreditamos em um amor sublime. Por mais que queiramos entregar esses somentes em páginas de livros, como se fosse impessoal e indiferente, agora que são só escritos e nada interverem no nosso dia-a-dia. Continuamos ser independentes, botamos nossos carros sozinhas nas ruas e gritamos mais alto na bolsa de valores. Somos fortes.
Ao vacilar, eu penso. Amor seria mesmo um sinal de fraqueza?
Romeu e Julieta morreram em vão?
7 de mai. de 2009
Assinar:
Postagens (Atom)